Guará - DF
. Essa região
administrativa é considerada por muitos uma cidade-dormitório de Brasília,
pois a grande maioria da sua população trabalha ou estuda em Brasília.
Sua distância a capital é de aproximadamente onze quilômetros. O Guará é famoso
pelo teatro de arena, estádio do CAVE, kartódromo Nelson Piquet e
principalmente pela Feira do Guará onde
se encontram variados tipos de vestuário e comidas típicas. É conhecido também
pela grande procura no setor de construção civil, sendo uma das áreas mais
caras de se morar atualmente no DF. É reconhecidamente uma região de classe
média e alta.
História
A construção do Guará foi iniciada em 1967, para absorver o
contingente populacional oriundo de invasões e núcleos habitacionais
provisórios. As primeiras oitocentas residências foram construídas através do
sistema de mutirão, pelos funcionários da NOVACAP, que nelas iriam em 21 de abril de1969.
Em setembro de 1969,
a NOVACAP e a SHIS (Secretaria de Habitação e Interesse Social, hoje extinta)
prosseguiram com a urbanização do segundo trecho, o Guará II, inaugurado em 2
de março de 1972, para abrigar funcionários do Governo Federal. O Decreto n.º
2.356, de 31 de agosto de 1973, criou a Administração Regional do SRIA,
composta pelo Guará I, Guará II e o SRIA – Setor Residencial Indústria e
Abastecimento.
Com o advento do Decreto n.º 11.921, em 25 de outubro de 1989, o Guará,
até então denominado SRIA e ocupando uma área de 8,6 km², passou a ter uma
área de 45,66 km², sendo então criada a décima Região Administrativa (RA)
do Distrito Federal (RA X).
Anteriormente pertencentes à região administrativa do Guará, o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA),
o Setor de Inflamáveis (SIN) e o Setor de Transporte Rodoviário de Cargas
(STRC) passaram, em julho de 2005, a formar outra região administrativa
distinta, a RA XXIX. A Cidade
Estrutural também já pertenceu à região administrativa do
Guará, porém, desde 2004 pertence à RA XXV, nomeada Setor Complementar de
Indústria e Abastecimento.
O nome da região administrativa tem como origem o córrego denominado
Guará, que corta toda sua área, sendo batizado em homenagem ao lobo-guará,
espécie comum no Planalto Central. Tem como santo
padroeiro São Paulo Apóstolo, com data de culto público
em 4 de julho, sendo ponto facultativo em toda na região administrativa,
conforme Lei n.º 2.908, de 5 de fevereiro de 2002.
A Região
Administrativa do Guará (RA X) atualmente compreende a área urbana composta
pelo Guará I e II, as Quadras Econômicas Lúcio Costa (QELC), Setor de Oficinas
Sul (SOFS), Setor de Clubes e Estádios Esportivos Sul (SCEES) e Setor de Áreas
Isoladas Sudoeste (SAISO).
A cidade é formada
por quadras residenciais, com casas e blocos de apartamentos, além de áreas
específicas para comércio, oficinas e pequenas indústrias.
O Guará I é formado
por seis quadras com numeração ímpar (1 a 11) e onze quadras com numeração par
(2 a 22). Cada quadra engloba um determinado número de blocos de apartamentos,
prédios comerciais e conjuntos de casas, identificados por letras do alfabeto
(bloco A, conjunto B, etc.). A disposição das quadras no Guará I segue um
padrão, formando uma série de quadriláteros. Os blocos e casas situados dentro
de cada quadrilátero formam uma Quadra Interna (QI). Já os blocos e casas
situados ao redor do quadrilátero formam a Quadra Externa (QE). Assim, forma-se
o endereçamento das quadras na cidade: QE 1, QI 1, QE 2, QI 2, e assim por
diante.
O Guará II é formado
majoritariamente por grandes quadras residenciais em formato quadrangular,
compostas por um número variável de conjuntos de casas. Cada conjunto é
identificado por uma letra do alfabeto (A, B, C, etc.) e essas quadras
residenciais são chamadas de Quadras Externas (QE). Elas recebem numeração de 13
a 21 (ímpares) e de 24 a 48 (pares). Já as Quadras Internas (QI), no Guará II,
correspondem ao "miolo" central da cidade, composto por prédios de
apartamentos. As QIs do Guará II recebem somente numeração ímpar (23 a 33), e
os lotes onde se situam os prédios são identificados por números (lote 1, lote
2, etc.)
Também no Guará II
situa-se o CAVE (Centro Administrativo, Vivencial e Esportivo), onde
encontram-se a Administração Regional da cidade e a Feira do Guará,
além de um complexo esportivo com estádio de futebol, ginásio de esportes,
kartódromo e quadras poliesportivas.
A cidade conta com
dois terminais de ônibus urbanos, um na QE 16, no Guará I, e outro na Avenida
Contorno do Guará II. Possui, ainda, duas estações do Metrô do Distrito Federal: a estação Feira,
em operação desde 2001,
e a estação Guará, inaugurada em 2010.
Os escassos
investimentos em transporte público ao longo das últimas três décadas fizeram
com que cada vez mais moradores do Guará optassem pelo uso do automóvel
particular em seus deslocamentos para outras regiões administrativas do
Distrito Federal. A consequência natural desse quadro foi o aumento da
ocorrência de engarrafamentos nos acessos e saídas da cidade, que se tornaram
um dos grandes problemas enfrentados atualmente pela comunidade do Guará.
Alterações recentes
no Plano Diretor da cidade permitiram a construção de prédios mais altos e fora
do miolo central do Guará II, além da criação de novas quadras residenciais em
áreas limítrofes com a Candangolândia e
o Núcleo Bandeirante. A expansão da área urbana
do Guará deverá causar um aumento considerável na população da cidade, com
impacto na infra-estrutura atualmente oferecida. A expectativa oficial é de
que, até 2012, a população cresça até 20%.
O Guará mudou
totalmente o seu perfil nos últimos quarenta anos, concentrando hoje grande
parte da classe média do Distrito Federal. As casas originais da época do
mutirão, construídas pela antiga SHIS (Sociedade Habitacional de Interesse
Social) nas décadas de 1960 e 1970, cederam lugar para sobrados e condomínios
de bom nível, evidenciando a seleção socioeconômica de sua população. Segundo
pesquisas da Codeplan, o Guará tem a sexta maior renda per capita entre as
regiões administrativas do Distrito Federal.
A área dos terrenos
das casas chega a no máximo 360 metros quadrados. Devido ao tamanho limitado
dos terrenos, combinado com a valorização imobiliária da região, o Guará tem um
dos metros quadrados de imóveis mais caros do Distrito Federal.
A arquitetura das casas prima pela
criatividade, com uma grande variedade de projetos interessantes e diferentes
de casas térreas e sobrados
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