sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Apagão no DF


Incêndio em área de cerrado foi a causa de apagão no DF, diz empresa


Calor provocou desligamento automático de linha de transmissão, diz CEB.
Sem eletricidade, STF iniciou sessão do mensalão com gerador de energia.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) informou que o apagão que atingiu o Distrito Federal na tarde desta quinta-feira (4) foi causado por um incêndio em vegetação de cerrado sob a linha de transmissão entre as subestações Samambaia e Brasília Norte, que fica no Setor Militar Urbano.


A falta de energia atingiu 70% do Distrito Federal – o equivalente a 560 mil consumidores, segundo a CEB –  e provocou a paralisação do metrô do DFe congestionamentos no trânsito, suspendeu serviços públicos e deixou parte da Esplanada dos Ministérios sem energia.




De acordo com a companhia, o incêndio não afetou equipamentos da CEB, mas o calor, aliado à baixa umidade do ar (que ficou abaixo de 20% nesta quinta no DF) e ao consumo elevado, provocou o desligamento automático da linha, uma das quatro que atendem a subestaçãoBrasília Norte. Sobrecarregadas, as outras três linhas também foram desativadas automaticamente.

O apagão afetou serviços públicos no DF. No Supremo Tribunal Federal (STF), a sessão de julgamento do mensalão para conclusão do voto do revisor da ação penal, ministro Ricardo Lewandowski, sobre acusações contra a antiga cúpula do PT foi iniciada com energia fornecida por geradores.


A assessoria do Supremo informou que, por volta das 17h, o fornecimento de energia foi normalizado, e o tribunal deixou de depender de geradores.


Energia restabelecida

De acordo com o presidente da CEB, Rubens Fonseca, os registros da empresa indicam que o apagão durou duas horas exatas – das 13h14 às 15h14. Segundo ele, às 18h15 todas as áreas do DF já tinham a energia restabelecida, à exceção de pontos no Vale do Amanhecer e no Padef.




Fonseca afirmou que consumidores poderiam relatar falta de energia em alguns pontos de regiões administrativas do DF, mas disse que esses casos seriam “problemas secundários” decorrentes do apagão. Segundo o presidente, o apagão no DF não teve relação com a falta de energia em quatro regiões do país na noite de terça-feira (3).
De acordo com o diretor de operações da CEB, Manoel Clementino, serão investidos neste ano R$ 130 milhões para amenizar os problemas da rede elétrica do DF. A companhia prevê que até dezembro serão inauguradas duas novas subestações, uma no Gama e outra no Riacho Fundo.


TJDFT
No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) os serviços foram suspensos. Além da sede, os 14 fóruns também interromperam as atividades. As audiência marcadas para depois das 14h30, horário em que a energia caiu, foram canceladas e devem ser remarcadas. A assessoria informou que não é possível estimar quantas pessoas foram prejudicadas ou quantas audiências não foram realizadas.

Metrô

Também por conta do apagão, o Metrô do DF ficou sem operar por três horas. A paralisação dos trens provocou mal-estar em vários passageiros, que chegaram a ficar até 30 minutos presos em vagões. Eles tiveram de quebrar janelas para poder deixar os trens e caminhar pelos trilhos até chegar a uma estação.

As estações foram reabertas e 11 trens voltaram a circular às 16h15. Às 17h30, 21 trens estavam em operação. O DFTrans, autarquia que administra o transporte público no DF, informou que reforçaria o número de ônibus nas áreas próximas às estações do Metrô para diminuir os transtornos na volta para a casa.




Esplanada
A falta de energia afetou ainda a Esplanada dos Ministérios. O Congresso e o Supremo Tribunal Federal, além de ministérios, ficaram no escuro. No Palácio do Planalto, geradores impediram que a sede do Executivo ficasse no escuro.





Os principais hospitais de Brasília funcionavam com gerador de energia. O Hospital de Base, o maior do Distrito Federal, informou que o gerador entrou em funcionamento assim que o fornecimento da CEB foi interrompido.



Prejuízos
O apagão desta quarta causou prejuízo de pelo menos R$ 3 milhões para a construção civil, segundo estimativa do sindicato da categoria (Sinduscon). Os cálculos preliminares da entidade se baseiam exclusivamente nos gastos com mão de obra. A Câmara dos Dirigentes Lojistas do DF estima uma perda de até 20% no faturamento do dia no comércio.




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