quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Chip em uniforme para controlar presença de alunos em escola do DF


Permanência é registrada em banco de dados; pais recebem torpedo. 

Teste é feito com 42 alunos do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia.
Desde o início desta semana, 42 alunos de uma turma do 1º ano do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia, no Distrito Federal, testam um sistema eletrônico que registra o momento em que eles entram na instituição e deixam o local. O controle é feito por meio de um chip aplicado ao uniforme.



A presença é registrada automaticamente, no momento que os estudantes cruzam o sensor instalado na entrada da escola. Além de os dados ficarem guardados em um sistema acessado pela direção da escola, os pais dos estudantes recebem mensagem por celular avisando do horário de entrada e saída.
O equipamento começou a ser aplicado nos uniformes na última quinta-feira (18). O teste, de iniciativa da direção da escola, terá duração de um mês, sem custos para a instituição, e foi aprovado por pais e alunos.

“Estávamos tendo problemas com a saída antecipada de alunos. Já tínhamos tentado outras opções para lidar com esse problema, como controle por carteirinha, mas eles sempre davam um jeito de driblar. Foi quando vi uma reportagem sobre experiência semelhante em uma escola em Vitória da Conquista, na Bahia”, conta a diretora da escola, Remísia Tavares.

Representante da empresa responsável pelo sistema, Bruno Marques da Costa explica que a tecnologia utilizada é a de identificação por radiofrequência. “É a mesma tecnologia utilizada em alguns pedágios em São Paulo. Fora do Brasil, alguns supermercados usam para somar o valor dos produtos colocados no carrinho, automaticamente, antes da chegada ao caixa.”
Costa explica que o uniforme com chip pode ser lavado e passado sem causar dano ao equipamento. A depender do volume a ser instalado, o sistema não altera muito o custo do uniforme, afirma.
Ele diz ainda que a tecnologia pode ser utilizada de forma mais ampla, não apenas para controle de presença dos estudantes. A base de dados pode conter, por exemplo, informações sobre a saúde dos alunos. “No caso de um acidente, se o estudante estiver de uniforme, é possível saber o tipo sanguíneo dele, se tem restrição a algum medicamento. Isso vai depender dos dados que estarão no sistema.”

Pais  mais presentes.


Para a diretora do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia, instituição com 780 alunos, todos do ensino médio, o sistema também permite uma aproximação dos pais com o dia a dia dos estudantes.

“O sistema não comunica só entrada e saída dos alunos, mas, pode avisar também da entrega de boletins. Dessa forma, a gente consegue informar os pais rapidamente sobre o que acontece dentro da escola”, fala Remísia Tavares.
Rosana Ferreira Rodrigues é mãe de um aluno que está participando do teste. "É uma coisa simples, que resolve. Como mãe, fico mais tranquila com o sistema em funcionamento", disse.  A estudante Gabrielly Ramos, de 15 anos, diz que a mãe dela está recebendo mensagens e monitorando quando ela entra e sai do colégio. "Meu pais acharam o sistema muito interessante."


Perspectivas

Em junho de 2011, o Núcleo de Tecnologia Educacional do Guará (NTE) testou um sistema digital que fazia leitura de impressão digital para registrar a frequência dos alunos. A assessoria da Secretaria de Educação afirmou que o projeto do Guará não está em funcionamento por causa de questões tecnológicas.


Ainda segundo a assessoria, a pasta não estava ciente da experiência em Samambaia e um sistema único para todas as escolas públicas é estudado pelo governo. O uniforme com o chip pode ser a opção adotada, desde que apresente resultados satisfatórios.

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