PM do Distrito Federal testa sistema americano que filma ação policial
A Polícia Militar do
Distrito Federal testa, desde o dia 26 de novembro, um equipamento americano
que registra ações policiais em vídeo. No total, 14 câmeras que podem ser
acopladas na farda, boné ou óculos do policial serão utilizadas pelo Batalhão
de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) da PMDF até o dia 28 de
dezembro.
O
comandante da Rotam, tenente-coronel Leonardo Sant’Anna, afirmou ao G1 que o DF é o
primeiro local do Brasil a testar o equipamento que, além da câmera, conta com
smartphone, óculos e sistema para armazenamento das imagens. A PMDF disse ainda
que não há estimativa da importação do produto, mas nos Estados ele custa US$
1,2 mil e está em teste desde 5 de novembro.
“Estávamos
pesquisando um equipamento melhor do que as câmeras que vamos colocar nas
viaturas. Por causa do tipo do nosso trabalho, precisávamos de um equipamento
com características militares e policiais, resistente a chuva, queda e
pancada”, contou Sant’Anna.
O sistema utiliza
câmeras com bateria de pelo menos 12 horas de duração e armazena os vídeos com
referências do autor, data e tipo de ocorrência. Permite ainda a realização de
marcação nas imagens, mas cortes não podem ser feitos.
Se
o desempenho no período de teste for satisfatório, a Polícia Militar do DF
afirma que é possível comprar o equipamento sem pedir autorização ou verba ao
governo do Distrito Federal. A expansão do uso do equipamento por outros
batalhões, como o escolar ou de trânsito, não é descartada.
Transparência
Para o
comandante da Rotam, as filmagens vão dar mais transparência ao trabalho da PM,
o que beneficia os policiais e a população. Também poderão reduzir o número de
denúncias oferecidas a partir de reclamações de suspeitos envolvidos nas ações.
“Em
muitos casos, os bandidos tentam descaracterizar o crime, negando a posse de
arma ou a quantidade de drogas. O bom policial fica em uma situação mais
confortável, porque sabe que as imagens vão reduzir os questionamentos
judiciais das ações, que são desgastantes e onerosos financeiramente. Já a população
vai poder monitorar o que realmente ocorreu naquela ocorrência”, comentou o
comandante.