O reflexo da falta de estratégia para o futuro, com ações inadequadas e pouca inteligência agora no presente só mostra que estamos começando a declarar que seremos penalizados em decorrência de nosso passado.
Foi publicado no Diário
Oficial da União desta sexta-feira (28), resolução que oficializa a retirada da
obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do
Distrito Federal da Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo,
que trata das áreas prioritárias de infra-estrutura das 12 cidades que vão
receber os jogos do mundial de 2014, como aeroportos, portos, mobilidade
urbana, estádios e hotelaria. O VLT foi retirado da lista porque a obra não
ficará pronta a tempo.
A impossibilidade de
conclusão já havia sido anunciada pelo secretário de Obras do DF, David de Matos,
em abril deste ano. Na ocasião, ele afirmou que o adiamento das obras ocorreu
por causa do embargo da licitação inicial e do prazo de, pelo menos 18 meses,
para a chegada dos trens após a oficialização da compra.
Orçado
a um custo de R$ 780 milhões, o primeiro trecho do VLT iria ligar o Aeroporto
Internacional Juscelino Kubitschek ao final da Asa Sul.
A assessoria de imprensa
do Metrô - DF, responsável pela obras, afirma que a retirada do VLT da lista de
obras da Copa de 2014 ocorreu a pedido do governo do Distrito Federal, diante
da perda do prazo, para que seja possível realizar uma nova licitação, que
enquadre o VLT em outro programa.
Ainda
segundo a assessoria, a intenção é não desperdiçar o que já foi construído.
Suspensão
Principal
projeto para melhorar a mobilidade urbana em Brasília para o torneio, o VLT
teve as obras suspensas pela Justiça
e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) cinco
vezes antes da anulação do contrato pela 7ª Vara de Fazenda Pública do DF, em
abril do ano passado.
Na
avaliação do juiz José Eustáquio de Castro Teixeira, havia também indícios de
fraude no processo licitatório, que teria sido direcionado para privilegiar
empresas ligadas a um ex-presidente do Metrô/DF.
O
Iphan alegou que havia indícios de que não foi realizado um estudo de impacto
ambiental do projeto, que prevê a derrubada das árvores da W3, uma das
principais avenidas de Brasília, e a
passagem de trens nas proximidades do zoológico do DF.
Em
maio do ano passado, o governador Agnelo Queiroz chegou a afirmar que uma nova
licitação seria feita ainda em 2011, mas isso não ocorreu.
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