sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Obra que serviria para copa é cancelada no DF


 O reflexo da falta de estratégia para o futuro, com ações inadequadas e  pouca inteligência agora no presente só mostra que estamos começando a declarar que seremos penalizados em decorrência de nosso passado.



Foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (28), resolução que oficializa a retirada da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Distrito Federal da Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo, que trata das áreas prioritárias de infra-estrutura das 12 cidades que vão receber os jogos do mundial de 2014, como aeroportos, portos, mobilidade urbana, estádios e hotelaria. O VLT foi retirado da lista porque a obra não ficará pronta a tempo.



A impossibilidade de conclusão já havia sido anunciada pelo secretário de Obras do DF, David de Matos, em abril deste ano. Na ocasião, ele afirmou que o adiamento das obras ocorreu por causa do embargo da licitação inicial e do prazo de, pelo menos 18 meses, para a chegada dos trens após a oficialização da compra.
Orçado a um custo de R$ 780 milhões, o primeiro trecho do VLT iria ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao final da Asa Sul.

A assessoria de imprensa do Metrô - DF, responsável pela obras, afirma que a retirada do VLT da lista de obras da Copa de 2014 ocorreu a pedido do governo do Distrito Federal, diante da perda do prazo, para que seja possível realizar uma nova licitação, que enquadre o VLT em outro programa.
Ainda segundo a assessoria, a intenção é não desperdiçar o que já foi construído.

Suspensão

Principal projeto para melhorar a mobilidade urbana em Brasília para o torneio, o VLT teve as obras suspensas pela Justiça e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) cinco vezes antes da anulação do contrato pela 7ª Vara de Fazenda Pública do DF, em abril do ano passado.

Na avaliação do juiz José Eustáquio de Castro Teixeira, havia também indícios de fraude no processo licitatório, que teria sido direcionado para privilegiar empresas ligadas a um ex-presidente do Metrô/DF.
O Iphan alegou que havia indícios de que não foi realizado um estudo de impacto ambiental do projeto, que prevê a derrubada das árvores da W3, uma das principais avenidas de Brasília, e a passagem de trens nas proximidades do zoológico do DF.
Em maio do ano passado, o governador Agnelo Queiroz chegou a afirmar que uma nova licitação seria feita ainda em 2011, mas isso não ocorreu.

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