Pacientes que dependem da rede pública de saúde do DF reclamam que cirurgias foram desmarcadas no Hospital de Ceilândia, região administrativa do DF, porque os anestesistas não quiseram atender durante a madrugada desta quinta-feira (6).
A aposentada Filomena Maria da Costa acompanha a filha que está internada há 15 dias no hospital. Ela rompeu o tendão e estava na sala de cirurgia quando foi informada de que não poderia ser operada.
— Ela foi levada para o centro cirúrgico. Chegou lá, o médico chamou a anestesista e e ela disse que não iria atender. E ninguém justificou nada.
O marido da dona de casa Sônia Irene da Silva também passou pela mesma situação. Internado há uma semana com problemas no joelho, ele teve a cirurgia marcada para as 23h desta quarta-feira (5).
No entanto, momentos antes de ser operado, foi informado de que a cirurgia não poderia ser realizada.
— A anestesista simplesmente informou que não iria atender e realmente não fez nada.
A reportagem da TV Record Brasília acompanhou a situação e tentou por mais de uma hora buscar explicações sobre os motivos dessas cirurgias terem sido canceladas.
No entanto, a entrada não foi autorizada e a única informação repassada é que ninguém no hospital pode conversar sobre o assunto.
Ao analisar a escala de plantão dos médicos, uma outra surpresa: estava desatualizada. E essa não é a única reclamação.
Os pacientes também dizem que a falta de atendimento é um problema grave no hospital. A autônoma Sheila de Oliveira reclama da falta de atenção dos médicos, enfermeiros e funcionários do hospital.
— Estou aqui há 13 horas com minha mãe, de 65 anos. Ela não tem idade para passar por esse tipo de aborrecimento. É um absurdo.
A mulher do decorador Edivaldo Gomes também aguarda por atendimento há um bom tempo. Ela chegou ao hospital com fortes dores no corpo e mal conseguia ficar em pé.
— Estamos aqui há três horas, ela está com febre, vomitando e ninguém faz nenhum procedimento.
A Secretaria de Saúde do DF foi procurada para comentar o assunto e se pronunciar sobre as reclamações, mas até a publicação desta reportagem ninguém retornou aos contatos.
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