sexta-feira, 31 de maio de 2013

Secretário da copa Diz que Brasília tem que se contentar com os R$ 4.000,00.

Secretário da Copa explica aluguel do Mané Garrincha por R$ 4.000 em jogo que teve renda recorde
Cláudio Monteiro prestou esclarecimentos em comissão na Câmara do Distrito Federal



O secretário extraordinário da Copa do Mundo do Distrito Federal, Cláudio Monteiro, confirmou à Comissão Especial da Câmara Legislativa que o GDF recebeu cerca de R$ 4.000, pagos em documento de arrecadação fiscal (DARF), para ceder o Estádio Mané Garrincha à empresa terceirizada que administrou a arrecadação da partida com o Flamengo, no último domingo (26).


A partida teve arrecadação recorde de quase R$ 7 milhões. Com público de 63.501 pessoas, o estádio teve renda de R$ 6.948.710. Apesar de a obra ter custado R$ 1,6 bilhão ao GDF (Governo do Distrito Federal), o governo recebeu R$ 4.000 como aluguel


A distorção de valores motivou o convite do secretário pela comissão que fiscaliza a organização do evento na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Cláudio Monteiro prestou depoimento como convidado da comissão, nesta quarta-feira (29).


  O secretário explicou aos parlamentares que o valor está de acordo com o que determina a lei para ocupação de prédios públicos. 

- A taxa cobrada é o que determina a lei para a ocupação de prédios públicos.

Monteiro defendeu ainda que a economia do DF foi beneficiada com a partida. Ele citou um estudo da Codeplan que aponta uma arrecadação  de cerca de R$ 12,5 milhões em dia de jogos de grande público, como o de domingo, no comércio da capital. 

- Nossa preocupação é também gerar emprego e renda. E esse jogo foi um brinde para a cidade.

Ele disse que, por exigência da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), o GDF teria de realizar um segundo jogo teste no Mané Garrincha, antes da Copa das Confederações.

O secretário também foi questionado pelo presidente da Comissão Especial Copa, deputado Olair Francisco (PT do B), sobre as falhas no sistema de acesso ao estádio, destacando que inclusive ele teve dificuldades de entrar no Mané Garrinha. O distrital também cobrou medidas para ampliar a sinalização ao público.

Monteiro, que estava acompanhado de representantes da Polícia Militar e do Detran, garantiu que para o próximo jogo, na abertura da Copa das Confederações, quatro mil profissionais de segurança estarão trabalhando no estádio e imediações.

O secretário Cláudio Monteiro foi cobrado ainda, pelas deputadas Eliana Pedrosa e Celina Leão (PSD), a explicar um novo termo aditivo para a obras do estádio, de cerca de R$ 161 milhões, divulgado recentemente. Pedrosa pediu explicações sobre o valor total da obra, que seria de R$ 1,4 bilhão. 

- Essas parcelas anunciadas não estão em acordo com o produto. A senhora está equivocada. 
O secretário lembrou que muitas das obras que são consideradas como relativas à organização da Copa são de infraestrutura para a cidade.

Clima tenso

Durante a explicação do secretário, o clima entre Cláudio Monteiro e deputados da oposição chegou a ficar tenso. A oposição queria saber que norma estabelece um valor tão baixo ao GDF em eventos como o de domingo. A oposição também questionou o custo da obra. Apesar dos embates, o encontro foi bom na opinião do secretário Cláudio Monteiro. 

- Devemos prestar esclarecimentos. Cumpri meu papel. Não tenho dúvida que o GDF passou no teste.


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